Café com Poesia - Seu encontro multi cultural no mundo real e digital
Desde 08 de Agosto de 2009 promovendo um encontro multi cultural, para todas as idades e todos os públicos, elevando a cultura d e qualidade, divulgando os participantes e mudando o mundo para melhor um pouco por vez.
Poema "Procure um Poeta" - Sergio Spadoni - Café com Poesia 92ª Edição
Poema "Procure um Poeta" poema de Wilson de Oliveira Jasa apresentado e interpretado por Sergio Spadoni no Café com Poesia 92ª Edição no 25.03.2017
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Música - Que Será de Ti - Moacyr Franco - André Meres - Café com Poesia 92ª Edição
Apresentação da Música "Que Será de Ti" de Moacyr Franco interpretado com violão e voz por André Meres no Café com Poesia 92ª Edição em 25.03.2017
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Poema - Micro - Alexandre Jazara - Café com Poesia 92ª Edição - 25.03.2017
Poema autoral "Micro" de Alexandre Jazara apresentado e interpretado no Café com Poesia 92ª Edição em 25.03.2017.
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Poema "Anote o cartucho" por Isabel Sousa no Café com Poesia - 86º Edição
Apresentação de um Poema antigo intitulado "Anote o cartucho" interpretado por Isabel Sousa no Café com Poesia 86º Edição em 24-09-2016.
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Música "Super Homem" de Gilberto Gil por Rai Gama no Café com Poesia - 86º Edição
Apresentação da música "Super Homem" de Gilberto Gil com violão e voz interpretado por Rai Gama no Café com Poesia 86º Edição em 24-09-2016.
Conheça a canção:
Super Homem (a Canção) Caetano Veloso Compositor: Gilberto Gil
Um dia, Vivi a ilusão de que ser homem bastaria Que o mundo masculino tudo me daria Do que eu quisesse ter Que nada, minha porção mulher que até então se resguardara É a porção melhor que trago em mim agora É o que me faz viver Quem dera Pudesse todo homem compreender, ó mãe quem dera Ser o verão no apogeu da primavera E só por ela ser Quem sabe O super-homem venha nos restituir a glória Mudando como um Deus o curso da história Por causa da mulher Quem sabe O super-homem venha nos restituir a glória Mudando como um Deus o curso da história Por causa da mulher
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Fado Falado apresentado por Isabel Sousa no Café com Poesia - 86º Edição
Apresentação do "Fado Falado", letra e música de Aníbal Nazaré e Nelson de Barros interpretado pela poetisa portuguesa Isabel Sousa.
Fado falado Fado Triste Fado negro das vielas Onde a noite quando passa Leva mais tempo a passar Ouve-se a voz Voz inspirada de uma raça Que mundo em fora nos levou Pelo azul do mar Se o fado se canta e chora Também se pode falar
Mãos doloridas na guitarra que desgarra dor bizarra Mãos insofridas, mãos plangentes Mãos frementes e impacientes Mãos desoladas e sombrias Desgraçadas, doentias Quando à traição, ciume e morte E um coração a bater forte
Uma história bem singela Bairro antigo, uma viela Um marinheiro gingão E a Emília cigarreira Que ainda tinha mais virtude Que a própria Rosa Maria Em dia de procissão Da Senhora da Saúde
Os beijos que ele lhe dava Trazia-os ele de longe Trazia-os ele do mar Eram bravios e salgados E ao regressar à tardinha O mulherio tagarela De todo o bairro de Alfama Cochichava em segredinho Que os sapatos dele e dela Dormiam muito juntinhos Debaixo da mesma cama
Pela janela da Emília Entrava a lua E a guitarra À esquina de uma rua gemia, Dolente a soluçar. E lá em casa:
Mãos amorosas na guitarra Que desgarra dor bizarra Mãos frementes de desejo Impacientes como um beijo Mãos de fado, de pecado A guitarra a afagar Como um corpo de mulher Para o despir e para o beijar
Mas um dia, Mas um dia santo Deus, ele não veio Ela espera olhando a lua, meu Deus Que sofrer aquele O luar bate nas casas O luar bate na rua Mas não marca a sombra dele Procurou como doida E ao voltar da esquina Viu ele acompanhado Com outra ao lado, de braço dado Gingão, feliz, levião Um ar fadista e bizarro Um cravo atrás da orelha E preso à boca vermelha O que resta de um cigarro Lume e cinza na viela, Ela vê, que homem aquele O lume no peito dela A cinza no olhar dele
E o ciume chegou como lume Queimou, o seu peito a sangrar Foi como vento que veio Labareda atear, a fogueira aumentar Foi a visão infernal A imagem do mal que no bairro surgiu Foi o amor que jurou Que jurou e mentiu Correm vertigens num grito Direito ou maldito que há-de perder Puxa a navalha, canalha Não há quem te valha Tu tens de morrer Há alarido na viela Que mulher aquela Que paixão a sua E cai um corpo sangrando Nas pedras da rua
Mãos carinhosas, generosas Que não conhecem o rancor Mãos que o fadocompreendem e entendem sua dor Mãos que não mentem Quando sentem Outras mãos para acarinhar Mãos que brigam, que castigam Mas que sabem perdoar
E pouco a pouco o amor regressou Como lume queimou Essas bocas febris Foi um amor que voltou E a desgraça trocou Para ser mais feliz Foi uma luz renascida Um sonho, uma vida De novo a surgir Foi um amor que voltou Que voltou a sorrir
Há gargalhadas no ar E o sol a vibrar Tem gritos de cor Há alegria na viela E em cada janela Renasce uma flor Veio o perdão e depois Felizes os dois Lá vão lado a lado E digam lá se pode ou não Falar-se o fado.
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